Sadomasô, sim senhô

Eu sempre tive vontade de experimentar coisas sadomasô, mas tinha vergonha de pedir. Namorando o Gêmeo, foi mais fácil, porque chegamos a um nível de intimidade e de testar todas nossas vontades que acabava a vergonha.

Um dia perguntei se ele topava. Ele não gostou não, falou que não tinha tesão, mas eu insisti para testar, só pra saber como que é.

Meses de insistências depois (é, não é só ele que tem que insistir com as coisas), ele cedeu. Fomos a um sex shop bem equipado e compramos algemas, chicotes, cordões, fitas, amarradores.

Na hora H, um amarrou o outro e chupou até o outro implorar para parar, para dar um descanso. Mas quando ele pediu para parar, eu ameacei usar o chicote. Ele pediu de novo e eu bati, falei para ele gozar enquanto apanhava, pra ver se aprendia a aproveitar minha língua no seu pau.

Ele não deixou por menos. Quando foi a minha vez de ficar amarrada, ele usou as fitas para prender minhas pernas na cama, pegou o chicote e disse imponente:

- Quero ver se agüenta agora. É pedir pra parar que eu te dou uma sova!

Ele chupou tanto que eu não consegui. Na décima gozada seguida, falei:

- Vai ter que bater pra continuar chupando.

Ele bateu. Claro que nossas chicoteadas eram fraquinhas, eram de brincadeirinha. Mas a sensação de um dominando o outro, de punições, de exigências, de vai ter que gozar sim, eram maravilhosas, excitavam muito os dois. Aquela coisa de "gozou? Vai gozar de novo!" nos deixava loucos.

Desde então, aderimos aos acessórios sadomasô. Usamos quando temos vontade de uns tapinhas, uns gritos, umas ordens, porque na cama vale praticamente tudo, desde que o momento peça, que excite.